segunda-feira, 3 de maio de 2010

Joaquim bubbling...

Não quero pena quando me for.
Nunca tive pena
Ao matar uma formiga,
Ao colher uma flor.

Sigo como o vento,
Se não, como pensamento,
Sou movimento concreto! 



...


Cantamos pro mar
Dançamos no ar.
Lembro você solta entre nuvens.
Algo de algodão nos fez imaginar
Quando te conheci a noite me surpreendeu.
Disse-me que "o todo é aqui. O todo é seu!"
Disse e cantamos alto, subimos aos céus.
Longe do asfalto diante ao vento.
Olho do alto, condor por esquinas.
Sonho algo solto no caos do possível
Diante do fogo, sou ser humano e vivo. 



...


Como uma enxurrada vou fluindo.
Refletindo a luz dos postes.
Repassando o que vejo.
Passo rápido, não guardo nada.
Como a enxurrada,
Preciso de fortes chuvas.
Sem elas não sou nada,
Nada além da compreensão de que existo.

...

Vida no que há de eterno.

Talvez a minha falta de conhecimento não faça tanta falta, sei que viro mofo!
Se o que me difere dos outros animais é usar a palavra, então não falo mais!
Vou viver enquanto há tempo!
 
Aproveito-me do que foi feito, pois sei vão criar mais.
Quem sabe que o que há de novo outra vez se desfaz,
Se apega a poucas coisas.

Quem viu o que há de eterno, eterno assim serás!
Se lê meu poema, lembra, morrerás...
Agora canta!